Livros

Oscar Wilde, esse é o nome! Comecei a ler "O Retrato de Dorian Gray" (The Picture Of Dorian Gray) - é simplesmente delicioso. A história prende a atenção, as frases são construídas com perfeição, os assuntos são instigantes: cada página renderia uma dúzia de citações e uma boa hora de discussão (ou duas, se fosse numa mesa de bar...). Nada como um bom escritor...

Antes eu estava lendo " O Estrangeiro" (L'Etranger), do Camus, e com todo o respeito a um dos grandes nomes da literatura francesa, achei insuportável, nem consegui chegar na metade. As frases vão se seguindo sem ligações, sem continuidade, faz-me lembrar redação de criança. Tenho o "Mito de Sísifo" (Le Mythe de Sisyphe) aqui, esperando pra ser lido - veremos se num livro não-ficção o francês se dá melhor, porque por enquanto eu fico com o irlandês!

Mas é interessante quando você começa a perceber que é como nas outras artes. Não basta o cara ter uma boa idéia, um bom roteiro, uma boa paisagem: precisa ser um bom diretor, ator, pintor... ou escritor, claro. Precisa saber usar as palavras, na hora e na sequência certa.

Acho que a primeira vez que isso me chamou a atenção foi no "Deuses Americanos" (American Gods), do Neil Gaiman. Ele teve uma idéia bem interessante, criou um belo roteiro, desenvolveu numa história muito boa... mas escrever romances não é o métier dele. Bom, preciso ler Stardust pra ver se ele melhorou. O filme vale a pena, assim como Mirrormask, que também tem roteiro dele, apesar de parecer mais a mão do Dave McKean.

Enfim, vou voltar pro meu livro...

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