Facetas

Facetas.

A vida consiste em criar facetas. E sendo assim, há dois caminhos possíveis para a felicidade: criar um número enorme de facetas, cada uma com alguma característica em comum com quem você realmente é, ou conseguir sustentar uma única faceta muito, muito próxima de quem você realmente é.

Claro que se você descobrir exatamente quem você realmente é você não vai expor essa faceta completamente ao resto do mundo... mas isso é outra discussão.

William S. Burroughs

Continuando minhas pesquisas para um curta a ser gravado em breve, mergulhei na obra de William S. Burroughs, um dos expoentes da dita "Geração Beat", e amigo pessoal de Kerouac e Ginsberg.

Enfim. Li (ou tentei) 2 livros dele. The cat inside até é interessante, apesar do estilo maluco e sem muito sentido. Tá, tudo bem, eu gosto de gatos, mesmo. É um livro bem pessoal. Já Almoço Nu, bem... Sorte que os anexos eram mais interessantes para o meu trabalho do que o próprio livro. Na verdade, até onde li do livro, os anexos parecem conter mais ou menos as mesmas informações, de forma um pouco mais ordenada, e sem as desnecessárias fantasias desconexas e incompletas. Xi, falei demais...

Fun Home

Esses dias eu li Fun Home, uma pequena Graphic Novel auto-biográfica de Alice Bechdel. Aliás, interessante mistura de duas linguagens que eu nunca tinha imaginado juntas, e que dá muito certo.

Alice conduz a história de um jeito que prende muito bem a atenção do leitor, e imprime uma marca bastante pessoal tanto à narrativa quanto aos desenhos.

Leitura recomendada!

Angra dos Reis

Lugarzinho maravilhoso... se o paraíso não for lá, deve ser ali perto. Mais uma vez agradecemos aos amigos Fiorini pela hospitalidade, pela companhia, e também pela comida! Hehe...

Agora só falta eu achar um jeito de compensar minha miopia pra poder mergulhar...

That´s the way...

E depois de um dia cheio, eu me pego às onze da noite relendo o roteiro de um curta. É, acho que eu gosto do que faço.

Lugares marcados

Dia desses comentei com uma amiga que eu não vou mais em cinema se não tiver lugar marcado. Nossa, mas não pode ser assim! - ouvi. Mas pense bem: não posso? Eu acho que devo.

Por acaso eu tenho que gostar de pegar fila? E pro cinema são duas que eu evito, uma pra comprar o ingresso (que eu faço pela internet), e outra pra entrar na sala... E ainda pagar 20, 25 reais sem ter a garantia de um lugar na sala de onde se possa ver confortavelmente a tela?

E, olhando por outro lado que eu acho mais grave: nós somos os clientes do cinema e estamos pagando - caro! - pelo serviço. Temos o dever de exigir o melhor. E livre concorrência é isso aí: se um fornecedor oferece mais, por que eu deveria me contentar com menos? É preciso aprender a exigir retorno por aquilo que pagamos.

Renovando passaporte

Hoje quero aproveitar esse espaço para elogiar a organização da Polícia Federal. Acabei de renovar meu passaporte.

Em duas rápidas visitas ao prédio da PF na Lapa, tudo resolvido. Somando tudo dá aproximadamente 20 minutos lá. Horários marcados e respeitados, tratamento profissional e educado por todos os servidores, informações claras e precisas, agendamento pela internet.

Que o serviço prestado pela PF sirva de exemplo - especialmente em tempos de preparação para pequenos eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos...

Off to Faerie

Woke up with great joy in my heart
On a long journey was I soon to start
Reminding myself while I lay:
"I'm going to Faerie so far.
I shall leave to Faerie today."

"Good morning" to my neighbour I did
"What's so good about it?"
Sternly I heard him say.
"I'm off your world of people so 'big';
I'm off to Faerie today."

"Godspeed" bid me good old baker
To the postman I promised to write later
Sister said for me she would pray
"So that you might feel safer
on your road to Faerie today."

So I set out chanting,
all the time Faerie fancying,
not so much walking, if I may,
rather would I say dancing,
came I to Faerie today.

No bag or luggage did I carry,
but a smile and this poem to Faerie
grown in my mind along the way.
Thus I arrived in Faerie;
I arrived in Faerie to stay.



Escrevi esse poeminha em 2002, inspirado pelo conto Smith of Wootton Major, de J.R.R. Tolkien. Até hoje considero esse conto a melhor obra de literatura que eu já li.

Idiomas estrangeiros

Volta e meia ouve-se uma história de um amigo de um amigo... que achava que sabia falar tal língua, foi visitar aquele país, e não conseguiu se fazer entender - e, claro, acusa os nativos de "má vontade".

Estive discutindo o assunto esses dias e o meu ponto de vista é que cada língua tem sutilezas de pronúncia que, para quem já a fala desde os primeiros anos de vida, não são tão sutis assim - e é isso que acaba ocasionando desentendimentos. São coisas como as diferenças entre "enfin" e "enfant", no francês, ou "sun" e "son", no inglês. E atire a primeira pedra quem não tem uma história de um amigo trocando "beach" por "bitch"...