Gerald Thomas diz que parou. Felizmente, o cidadão do mundo Gerald Thomas é um homem com coceiras no cérebro, e tenho fé que estas o trarão de volta às artes mais cedo ou mais tarde.
Seus espetáculos agradaram a muitos e desagradaram a outro número talvez maior. Não é aí que reside seu mérito (e muito menos suas falhas). Sentiremos falta de Gerald Thomas na cena porque estamos perdendo um vanguardista como poucos. Não o faz apenas pela vanguarda em si, não procura uma simples oposição ao estado corrente - antes de tudo, busca compreender esse estado, bem como suas origens, para depois arriscar um passo adiante. E arrisca-se de verdade, daí ter desagradado a tantos. Não busca apenas dar passos no escuro: tenta levar luz a novos caminhos, porque a escuridão o incomoda.
Até sua volta, busquemos novas tochas.
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Um comentário:
Seu posto me lembrou o poema de Brecht: "Eu vivo num tempo sem sol..."
Creio que a própria ausência de Gerald Thomas é um ato de se arriscar!
Coerente consigo mesmo, ele parou porque, se não vê mais sentido em continuar, não continuar é o único caminho.
Por enquanto.
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